sexta-feira, 28 de outubro de 2022

A História: Acaso ou Lei ?


A História: Acaso ou Lei? por Marianne Roth

 

A História da Humanidade desenvolve-se ao sabor do acaso ou tem por base leis próprias que condicionam e regem o seu curso? Alguns defendem que o acaso tem um papel decisivo, mas se assim fosse por que razão a evolução social tem sido sempre ascensional e não teríamos períodos de retrocesso e de regresso à pré-história, à vida das cavernas, ou mesmo aos tempos medievais?

 

A autora interroga-se então que fatores poderão explicar a História do ser humano, se o clima, se a dimensão da população, descartando estas explicações na medida em que zonas que estiveram na ponta do progresso, se tornaram subdesenvolvidas e vice-versa sem que a geográfica ou o clima tenham mudado e também porque quer nas sociedades populosas quer nas de baixa densidade se encontra desenvolvimento e subdesenvolvimento. O motor da História humana tem de ser, pois, outro.

 

Partindo deste raciocínio Marienne Roth explica-nos de forma simples, acessível mas rigorosa como se desenvolvem as sociedades humanas e qual o papel dos indivíduos neste processo.

 

Um pequeno livro indispensável na formação de qualquer pessoa.

 

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Sinopse de Amor e Guerra

Sinopse de Amor e Guerra por Afonso Cruz

 

Um romance, que na verdade é uma novela, que se espraia lento, ao estilo de Manuel Oliveira, em que os planos pouco ou nada mudam e os cenários também não e as personagens refletem o mundo estático em que vivem, sem alma, sem ação, sem garra.

 

Tendo como pano de fundo a Alemanha no período entre guerras e pós construção do muro de Berlim, é como se este mundo terrível que se ergue e desaba, este mundo com os seus incontáveis horrores e vitimas, não beliscasse a vida destes personagens, não interferisse com o seu quotidiano idílico.  Absolutamente inverosímil, já que Berlim foi intensamente bombardeada durante a guerra, muitos foram mobilizados para a guerra, outros presos, os judeus desapropriados e enviados para a morte. Nada disso, contudo, fura a feliz placidez da vida destas duas famílias. Um desastre como localização da ação no tempo e no espaço.

 

Pequenas reflexões, sem grande profundidade, sobre o drama da vida humana, enfrentando a sua finitude sempre com falsas esperanças de eternidade.

 

Afonso Cruz (n. 1971) é um escritor polifacetado que derrama o seu talento por diversas artes, do romance à música, da ilustração à realização cinematográfica. É capaz de muito melhor do que este seu segundo romance, obra que ganharia se transformada em conto.