Crime e Castigo por Fiódor Dostoiévski
O valor da vida e o livre arbítrio são os temas centrais
deste romance em que a transgressão é punida e o auto sacrifício louvado mas
não recompensado.
Pode alguém ter o direito de, em nome de um bem maior,
cometer crimes e mesmo assassinatos? Pode um ser humano, mesmo que vil,
mesquinho, velho e doente, ser morto para que um jovem possa triunfar, para que
muitos possam beneficiar do seu dinheiro?
Devem os génios, os mais talentosos, os grandes políticos, cientistas
e artistas ter direitos diferentes do ser humano comum?
Pode o criminoso viver tranquilamente e em paz consigo e com
o mundo? Que intrincados processos mentais levam quem cometeu o crime perfeito,
e que nunca será apanhado, a confessar espontaneamente ansiando expiar a sua culpa?
A miséria impele o pobre para o delito ou, pelo contrário, é a degenerescência moral que empurra o individuo para a pobreza? Somos fruto das
nossas circunstâncias ou criamos o nosso destino? Perguntas tremendas a que
Dostoiévski não se furta e que são respondidas, sem ambiguidades, nas palavras
e/ou nas ações dos personagens de Crime e Castigo.
A miséria e a pobreza vistas, mais do que como causas, como
verdadeiras consequências da degeneração moral.
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