Forças Armadas em Portugal de J.
Loureiro dos Santos
O General
Loureiro dos Santos traça aqui um retrato agridoce das forças armadas
portuguesas, constatando por uma lado que são exíguas (ao todo cerca de 40 mil
efectivos, distribuídos pelos três ramos) e mal armadas (“armamentos de que as FFAA dispunham, na sua maioria datados das décadas
de 1960 e 1970” , “o Exercito ainda se encontra armado com as mesmas
espingardas com que os avós dos actuais
soldados combateram em África… continua sem dispor de helicópteros … nem tem no
seu arsenal meios antiaéreos mínimos para garantir segurança aérea de baixa
altitude”) mas que por outro têm muito prestigio internacional. Apetece
perguntar que prestigio podem ter umas forças armadas diminutas e sem material
adequado? E que quando participa em missões externas o faz sob comando de
terceiros?
A
verdade porém é que, como acaba por admitir, a dimensão das nossas forças
armadas é de dimensão semelhante às da Bélgica ou da Holanda, sendo até que em
percentagem do PIB Portugal gasta mais na Defesa do que esses países muito mais
ricos do que o nosso país. Mas ao contrário desses países a despesa militar é
quase toda canalizada para salários enquanto nesses países é maioritariamente
para equipamento.
Os
gastos absurdos com participações em missões no estrangeiro (em 2010 Portugal
participava com forças nos seguintes teatros de operações: Bósnia, Congo, Kosovo,
Afeganistão, Líbano, Timor, Etiópia, Somália, Guiné-Bissau, Uganda,
Mediterrâneo e Índico). Doze intervenções externas! Com que vantagens para o
nosso país? Não fica claro.
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