Terra Alta III – O Castelo do Barba-Azul de Javier Cercas
Terceiro, e espera-se que último, tomo das aventuras de Melchor o criminoso e ex-presidiário espanhol que, depois de ler Os Miseráveis de Vítor Hugo, se torna Polícia na Catalunha e que, finalmente, descobre a sua vocação de bibliotecário na Terra Alta.
Como em todos os livros anteriores desta trilogia, Melchor não descobre a verdade seguindo pistas, procurando indícios, interrogando suspeitos, deduzindo hipóteses, confrontando os culpados como nos policiais clássicos – de Agatha Christie, Arthur Conan Doyle, Ellery Queen, Ngaio Marsh, Sarah Caudwell, etc.. Aqui é tudo mais fácil. Do nada surge alguém que lhe conta a verdade, que confessa a autoria das patifarias ou lhe aponta os culpados. Sem dúvida, uma revolução na arte da escrita policial, uma simplificação inovadora e redutora. Não funciona de todo.
A ação decorre na ilha de Maiorca, a ilha mediterrânea espanhola, na localidade de Pollença perto do Cabo Formentor o ponto mais a norte da ilha. Melchor e os seus amigos enfrentam aí um perigo mortal.
Javier Cercas (n. 1962), escritor espanhol, ganhou notoriedade com Soldados de Salamina, mas nos últimos tempos enveredou pelo relato policial. A meu ver sem grande êxito literário.
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