Poemas de Viriato da Cruz
Seis poemas daquele que foi um dos grandes poetas do Movimento dos Novos Intelectuais de Angola, uma geração de escritores e artistas que nos anos 50 do século XX se pronunciou contra o colonialismo e a favor da independência.
Viriato da Cruz introduz nos seus poemas palavras e expressões em quimbundo , uma das línguas nacionais de Angola, recorre a temas populares, opta por um estilo ritmado e forte, o que levou a que vários dos seus poemas fossem musicados e cantados, foca-se em temas africanos próprios de uma sociedade sufocada pelo colonialismo.
O seu mais conhecido poema é Namoro, notabilizado na voz de Fausto, que celebra um amor operário, simples e sincero – “Mandei-lhe uma carta …”.
Contudo, o poema mais emblemático, mais combativo, mais erudito é “mamã negra” em que se fala da sorte dura dos Negros em África e nas Américas e se recordam grandes personalidades negras como Langston, Zumbi, Toussaint, e tantos outros – “nascendo alimárias / … / a enxada é o seu brinquedo / trabalho escravo – folguedo…”.
Viriato da Cruz (1928-1973), escritor angolano, fundador do Partido Comunista Angolano e do MPLA, perseguido pelo regime colonial-fascista, refugiou-se na China onde veio da morrer.
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