Medeia
de Séneca
Séneca foi o professor de
Nero, um dos mais cruéis, assassinou a sua própria mãe, e ineficientes
imperadores romanos. Mas apesar dessa relação de proximidade o ditador ordenou que Séneca se suicidasse no que foi prontamente obedecido.
Esta peça é a adaptação de Séneca do mito de Medeia, já tratado na Literatura Clássica por outros
autores, nomeadamente por Eurípides.
Tendo-se sacrificado por
Jasão, ajudando-o por amor a vencer todos
os desafios que ele enfrentou na sua saga dos argonautas e a roubar o velo de
ouro a seu próprio pai, Medeia vê-se abandonada e com ordem para se exilar
quando o seu marido a repudia para se casar com a filha do Rei.
A dor transforma-se então
em raiva, a raiva em vingança e a vingança em sangue e morte.
As emoções humanas mais
profundas, o amor, o ódio, a vingança, a angústia, ganham aqui, neste
drama de desenlace rápido e brutal, vida e alma.
O texto pejado de alusões
ao panteão grego e romano com a sua multiplicidade de deuses, ninfas, musas e
cheio de referências geográficas da antiguidade pré cristã, hoje
irreconhecíveis, não vive sem as extensas notas que felizmente aí estão para o explicar
e contextualizar.
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