O
Testamento de William S. por Yves Sente e André Juillard
A centenária polémica sobre a identidade
daquele que assinou a sua obra literária como William Shakespeare, serve de
pano de fundo a uma desinspirada e insípida aventura dos dois amigos ao estilo
da receita de Dan Brown e do seu Código Da Vinci, i.e. uma mistura de rally
paper, em que o itinerário é desvendado à medida que se completam tarefas e se encontram
soluções para adivinhas e mistérios, e uma prosaica tentativa de enriquecer.
Uma grande novidade é o papel central desempenhado
por várias mulheres, elas que estavam completamente ausentes nos álbuns originais.
Sinais dos tempos.
Tem-se tornado um
hábito que em Dezembro seja publicada uma nova aventura da dupla criada por
Edgar P. Jacobs o capitão Blake e o Professor Mortimer e que cada história
anual seja apresentada em duas versões que apenas diferem na capa e assinada pela
dupla Yves Sente e André Julliard que têm dado continuidade às aventuras dos
dois ingleses após a morte do seu genial criador. Uma formula que,
aparentemente, tem resultado comercialmente, embora em termos artísticos o
desfecho não seja idêntico.
Tarefa inglória e
ingénua esta de procurar recriar o pensamento e o talento invulgar de Jacobs.
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