A Trégua por Primo Levi
As aventuras, os incidentes e as peripécias de um longo,
atribulado mas feliz regresso a casa de um judeu italiano, o próprio Primo
Levi, sobrevivente dos campos da morte de Auschwitz libertado pelo Exército
Vermelho.
Uma viagem errática seguindo um percurso sinuoso, através de
uma Europa devastada pela ocupação alemã, destruída pelos combates, sangrada da
sua juventude imolada na guerra, faminta pela paralisação da economia, carente
de quase tudo, o comboio de repatriamento avança lentamente com frequentes
paragens mais ou menos prolongadas.
Pulsa aqui uma vida indómita, jubilosa e agradecida, cheia
de vontade, depois de tanto sofrimento e morte, de se reerguer, recomeçar e de
se celebrar. A força leal, ingénua e magnânima dos russos e a sua monumental desorganização,
o espírito livre e solidário dos italianos e a sua capacidade de transformar
dificuldades em oportunidades, as habilidades comerciais dos gregos,
materializam-se em personagens reais e cheias de vida.
Quando passam pela Alemanha e pela Áustria, agora ocupadas
pelas forças aliadas, nenhum dos sobreviventes de Auschwitz mostra qualquer
ressentimento ou tenta qualquer tipo de vingança sobre as populações
germânicas. O que Primo Levi sente é uma vontade enorme de lhes contar as
atrocidades cometidas pelos seus compatriotas e uma solidariedade para com os
alemães em sofrimento dizendo que muitas vezes acabam os justos por pagar pelos
pecadores.
Um grande livro. Vida e Literatura.
As aventuras, os incidentes e as peripécias de um longo,
atribulado mas feliz regresso a casa de um judeu italiano, o próprio Primo
Levi, sobrevivente dos campos da morte de Auschwitz libertado pelo Exército
Vermelho.
Uma viagem errática seguindo um percurso sinuoso, através de
uma Europa devastada pela ocupação alemã, destruída pelos combates, sangrada da
sua juventude imolada na guerra, faminta pela paralisação da economia, carente
de quase tudo, o comboio de repatriamento avança lentamente com frequentes
paragens mais ou menos prolongadas.
Pulsa aqui uma vida indómita, jubilosa e agradecida, cheia
de vontade, depois de tanto sofrimento e morte, de se reerguer, recomeçar e de
se celebrar. A força leal, ingénua e magnânima dos russos e a sua monumental desorganização,
o espírito livre e solidário dos italianos e a sua capacidade de transformar
dificuldades em oportunidades, as habilidades comerciais dos gregos,
materializam-se em personagens reais e cheias de vida.
Quando passam pela Alemanha e pela Áustria, agora ocupadas
pelas forças aliadas, nenhum dos sobreviventes de Auschwitz mostra qualquer
ressentimento ou tenta qualquer tipo de vingança sobre as populações
germânicas. O que Primo Levi sente é uma vontade enorme de lhes contar as
atrocidades cometidas pelos seus compatriotas e uma solidariedade para com os
alemães em sofrimento dizendo que muitas vezes acabam os justos por pagar pelos
pecadores.
Um grande livro. Vida e Literatura.
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