Cosmopolis por Don DeLillo
Naquele que seria o seu último dia Eric Packer quis cortar o
cabelo no seu barbeiro habitual o que o obrigou a atravessar Manhattan num dia
particularmente aziago em que o iene não parou, contra as suas melhores
previsões, de se valorizar, o Presidente norte-americano visitou a cidade
bloqueando por razões de segurança o trânsito, em que uma concorrida e agitada
manifestação contra o sistema capitalista descamba em confrontos com a Polícia
e em que se realizou o funeral, de novo lançando o caos no tráfego automóvel,
de um famoso cantor rapper.
Na sua sumptuosa limusina, forrada a mármore de Carrara,
isolada com cortiça, cheia de écrans
e computadores, Packer vive um dia intenso de experiências físicas, emocionais
e intelectuais.
Uma ilustração do ditado “quem com ferro mata, com ferro
morre”, o livro conta-nos a história de um jovem milionário da alta finança que
acaba arruinado pelo mercado e morto por um empregado que despediu. A
multifacetada, vertiginosa e perigosa vida contemporânea, a atracção pelo abismo,
o vazio da relação de um rico com o dinheiro, com o luxo e com o poder, o
casamento de conveniência, a importância do fortuito, do inesperado, do
assimétrico, a relação do ser humano com o tempo, o passado que depressa se
escoa rumo ao nada e o futuro cada vez mais antecipado e previsível (pelo menos
assim se pensava na área financeira) incorporado no presente, são temas de
reflexão deste romance surpreendente e intenso.
Imprescindível.
Naquele que seria o seu último dia Eric Packer quis cortar o
cabelo no seu barbeiro habitual o que o obrigou a atravessar Manhattan num dia
particularmente aziago em que o iene não parou, contra as suas melhores
previsões, de se valorizar, o Presidente norte-americano visitou a cidade
bloqueando por razões de segurança o trânsito, em que uma concorrida e agitada
manifestação contra o sistema capitalista descamba em confrontos com a Polícia
e em que se realizou o funeral, de novo lançando o caos no tráfego automóvel,
de um famoso cantor rapper.
Uma ilustração do ditado “quem com ferro mata, com ferro
morre”, o livro conta-nos a história de um jovem milionário da alta finança que
acaba arruinado pelo mercado e morto por um empregado que despediu. A
multifacetada, vertiginosa e perigosa vida contemporânea, a atracção pelo abismo,
o vazio da relação de um rico com o dinheiro, com o luxo e com o poder, o
casamento de conveniência, a importância do fortuito, do inesperado, do
assimétrico, a relação do ser humano com o tempo, o passado que depressa se
escoa rumo ao nada e o futuro cada vez mais antecipado e previsível (pelo menos
assim se pensava na área financeira) incorporado no presente, são temas de
reflexão deste romance surpreendente e intenso.
Imprescindível.
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