Morte
a pedido – O que pensar da Eutanásia por Walter Osswald
Walter
Osswald foi Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do
Porto, pelo seu trabalho em Portugal foi agraciado com a Grã Cruz da Ordem de
Santiago de Espada.
Neste
pequeno ensaio apresenta-nos a sua fundada opinião contra a eutanásia, a morte
provocada recentemente afastada por uma larga maioria dos deputados da esquerda
e da direita e recusada por uma ainda maior maioria social no nosso país. Na
verdade só um pequeno grupo de pessoas propõe e defende uma ideia que só é
legal em três pequenos países da União Europeia, todos eles de cariz holandês.
A
eutanásia foi aprovada na Holanda com um conjunto de restrições muito
semelhantes ao que hoje propõem Bloquistas e socialistas, mas rapidamente se
liberalizou para incluir a legalização da eutanásia involuntária, isto é sem a
autorização do próprio – aquilo que hoje na generalidade dos países
desenvolvidos da União Europeia se classifica como assassinato.
Diz “nestes países houve modificações
progressivas da lei, no sentido da facilitação da eutanásia. Se no inicio se exigia
como condição a existência de sofrimento físico insuportável e não controlável,
aceita-se agora como válido o sofrimento moral e o cansaço de viver; também a idade
mínima para aceder à eutanásia foi sendo reduzida podem ser eutanasiados se os
pais não se opuserem. Mas mesmo os recém-nascidos e infantes poderão ser
eliminados desta forma, se os pais ou tutores, dadas as suas malformações ou
deficiências, solicitarem a aplicação do “tratamento médico” (assim designado,
tal como a eutanásia passou a ser “terminação da vida”) que os libertará deste
filho ou paciente a seu cargo, tutelado “sem qualidade de vida” (Osswald)”.
É este horror que o Bloco de Esquerda de Catarina Martins e seus pares querem
impor aos portugueses. E só o não conseguiram graças ao Partido Comunista
Português.
Por
outro lado a eutanásia assenta numa falácia, num sofrimento insuportável. A
verdade é que hoje os cuidados paliativos permitem eliminar o sofrimento
físico. Infelizmente não chegam ainda a todos. A solução contudo é estendê-los
aos que deles necessitam e não matar as pessoas. Este argumento é aqui
confirmado “Todavia, em todas as
circunstâncias é possível domar a dor, recorrendo a terapêuticas medicamentosas
ou cirúrgicas, eventualmente necessitando de cuidados especializados nos
centros ou serviços de dor existentes nos hospitais”. Eis, pois, desmontada
a mentira em que se fundamenta a defesa da eutanásia.
Por
último o autor não deixa de recordar como tudo se passou na Alemanha de Hitler,
primeiro país a legalizar a eutanásia e que em pouco mais de uma década levou à
matança de centenas de milhar de deficientes (crianças e adultos) e depois se
estendeu a minorias étnicas consideradas “indignas” como os ciganos e judeus e
até a opositores políticos considerados “dementes”.
Um
pequeno ensaio, rico de informação e reflexão que merece ser lido por todos os
que queiram formar uma opinião independente sobre o tema.
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