
Scott Fitzgerald não chegou a terminar o livro, mas o que deixou escrito é suficiente para traçar claramente o perfil do magnate.
Sou um leitor atípico, plural, não sistemático, intercalar e variado, mas sempre apaixonado e entusiasmado pelas ideias, pelas emoções, pelas revelações que encontramos nas páginas bem escritas. Este blogue é um simples diário, iniciado em 2009, das minhas leituras.
Livro que compila as crónicas publicadas pela autora no jornal O Público ao longo do ano de 2006. Alguns textos perderam actualidade, mas outros, a maioria, continuam vivos e actuais.
Maria Filomena Mónica é, assumidamente, uma liberal, ao estilo inglês, ateia. A sua opinião, sente-se, é livre, não hipotecada a este ou aquele interesse. Também por isso é importante lê-la.
Particularmente certeiros são os artigos sobre os médicos (“Os médicos não obedecem às leis da nação” e “Uma tarde no centro de saúde”) sobre o Estado de direito em Portugal e mesmo sobre a assumpção da consciência individual (“A importância de dizer não”).
Na sua última crónica, de 7 de Dezembro, escreve “Mesmo que me custe, o mais simples é afirmá-lo à cabeça: errei quando, a 3 de Maio de 2003, apoiei a invasão do Iraque....”. É a atitude de alguém intelectualmente honesto. Não persistir na casmurrice é uma atitude nobre. E note-se que a critica da guerra é feita em coerência com as ideias liberais da autora.