quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Nós, os portugueses



Livro que compila as crónicas publicadas pela autora no jornal O Público ao longo do ano de 2006. Alguns textos perderam actualidade, mas outros, a maioria, continuam vivos e actuais.

Maria Filomena Mónica é, assumidamente, uma liberal, ao estilo inglês, ateia. A sua opinião, sente-se, é livre, não hipotecada a este ou aquele interesse. Também por isso é importante lê-la.

Particularmente certeiros são os artigos sobre os médicos (“Os médicos não obedecem às leis da nação” e “Uma tarde no centro de saúde”) sobre o Estado de direito em Portugal e mesmo sobre a assumpção da consciência individual (“A importância de dizer não”).

Na sua última crónica, de 7 de Dezembro, escreve “Mesmo que me custe, o mais simples é afirmá-lo à cabeça: errei quando, a 3 de Maio de 2003, apoiei a invasão do Iraque....”. É a atitude de alguém intelectualmente honesto. Não persistir na casmurrice é uma atitude nobre. E note-se que a critica da guerra é feita em coerência com as ideias liberais da autora.

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