Quando tudo é uma arma por Mark Galeotti
Um perigoso exercício de cinismo e da propaganda da guerra que os Estados Unidos conduzem contra o mundo, incluindo, como o autor refere, contra os seus “aliados”. Acusando os outros das práticas desenvolvidas pelos americanos de tudo transformar em arma, desde a economia à Justiça, passando pela Artes e a Ciência, este livro procura passar a ideia ultrapassada, errada e simplista da existência de “potências do mal” que desenvolvem novas armas não convencionais a que é preciso responder.
Tudo o que escreve nos faz lembrar a tese das fictícias “armas de destruição em massa” do Iraque que sustentou uma invasão que provocou centenas de milhares de mortos, destruiu o país mas passou a indústria petrolífera iraquiana para as mãos das empresas americanas.
Tem o mérito de elencar as áreas que estão a ser transformadas em campo de batalha, desde a esfera virtual até ao espaço sideral e de assinalar uma bibliografia a quem pretenda aprofundar o tema. Méritos, portanto, muito reduzidos.
Mark Galeotti (1965), de origem inglesa é um historiador ligado a uma empresa de espionagem privada, a Mayak, ligada aos serviços secretos ingleses.