segunda-feira, 10 de junho de 2013

Crime e Castigo

Crime e Castigo por Fiódor Dostoiévski

O valor da vida e o livre arbítrio são os temas centrais deste romance em que a transgressão é punida e o auto sacrifício louvado mas não recompensado.

Pode alguém ter o direito de, em nome de um bem maior, cometer crimes e mesmo assassinatos? Pode um ser humano, mesmo que vil, mesquinho, velho e doente, ser morto para que um jovem possa triunfar, para que muitos possam beneficiar do seu dinheiro?

Devem os génios, os mais talentosos, os grandes políticos, cientistas e artistas ter direitos diferentes do ser humano comum?

Pode o criminoso viver tranquilamente e em paz consigo e com o mundo? Que intrincados processos mentais levam quem cometeu o crime perfeito, e que nunca será apanhado, a confessar espontaneamente ansiando expiar a sua culpa?

A miséria impele o pobre para o delito ou, pelo contrário, é a degenerescência moral que empurra o individuo para a pobreza? Somos fruto das nossas circunstâncias ou criamos o nosso destino? Perguntas tremendas a que Dostoiévski não se furta e que são respondidas, sem ambiguidades, nas palavras e/ou nas ações dos personagens de Crime e Castigo.

A miséria e a pobreza vistas, mais do que como causas, como verdadeiras consequências da degeneração moral.

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