domingo, 10 de novembro de 2013

Astérix entre os Pictos

Asterix entre os Pictos por Didier Conrad e Jean-Yves Ferri 


Os pictos eram um povo que habitava o que hoje é a Escócia. Pintavam o corpo e daí o nome que os romanos de lhes deram – os homens pintados ou pictos. O que chamavam a si próprios não se sabe.

Primeiro álbum em que nenhum dos criadores, René Goscinny e Albert Uderzo, intervém, sendo da total responsabilidade da dupla Didier Conrad (desenhador) e Jean-Yves Ferri (argumentista), Astérix e os Pictos surge na de outras aventuras em que os destemidos gauleses se cruzam com outros povos da sua época – de que Astérix e Cleópatra seja o mais famoso e mais bem conseguido.

E se os desenhos se mantêm fieis aos originais e o argumento não deixa de ser consistente, a verdade é que se perdeu a veia de observação e critica social que caracterizava os heróis gauleses e fazia a delícia dos leitores mais velhos e mais intelectualizados.

Vergonhosa é a tradução dos nomes do bardo (Assurancetourix) e do chefe da aldeia (Abraracourcix) na versão portuguesa, quebrando uma longa tradição de manutenção dos nomes originais. Não vemos qual o ganho desta opção.

Por nós teríamos preferido que Uderzo tivesse mantido a sua intenção original de que, Astérix acabasse quando ele se reformasse, uma vez que Goscinny já morreu. No entanto os interesses comerciais falam mais alto e Astérix, sem a frescura de outros tempos, continua.


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