Asterix entre os Pictos por Didier Conrad e Jean-Yves Ferri
Os pictos eram um povo que habitava
o que hoje é a Escócia. Pintavam o corpo e daí o nome que os romanos de lhes
deram – os homens pintados ou pictos. O que chamavam a si próprios não se sabe.
Primeiro álbum em que nenhum dos
criadores, René Goscinny e Albert Uderzo, intervém, sendo da total
responsabilidade da dupla Didier Conrad (desenhador) e Jean-Yves Ferri
(argumentista), Astérix e os Pictos surge na de outras aventuras em que os
destemidos gauleses se cruzam com outros povos da sua época – de que Astérix e
Cleópatra seja o mais famoso e mais bem conseguido.
E se os desenhos se mantêm fieis aos
originais e o argumento não deixa de ser consistente, a verdade é que se perdeu
a veia de observação e critica social que caracterizava os heróis gauleses e fazia
a delícia dos leitores mais velhos e mais intelectualizados.
Vergonhosa é a tradução dos nomes do
bardo (Assurancetourix) e do chefe da aldeia (Abraracourcix) na versão
portuguesa, quebrando uma longa tradição de manutenção dos nomes originais. Não
vemos qual o ganho desta opção.
Por nós teríamos preferido que
Uderzo tivesse mantido a sua intenção original de que, Astérix acabasse quando
ele se reformasse, uma vez que Goscinny já morreu. No entanto os interesses
comerciais falam mais alto e Astérix, sem a frescura de outros tempos,
continua.
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