domingo, 25 de dezembro de 2022

Oito horas em Berlim

Oito horas em Berlim

 

Blake e Mortimer, figuras criadas pelo genial Edgar Pierre Jacobs (1904-1987), continuam a sua saga no combate às forças tenebrosas e ao terrível coronel Olrik.

 

Uma aventura passada em Junho de 1963 durante a viagem do Presidente norte-americano John Kennedy a Berlim, então ainda dividida entre os quatro ocupantes: os franceses, ingleses, americanos e soviéticos. Em plena guerra fria, com o cimento do muro a dividir a cidade ainda fresco, os serviços secretos das quatro potências procuram evitar uma catástrofe mundial, uma guerra atómica de resultados devastadores incitada por quem quer triunfar no caos.

 

O controlo através do controlo da mente, seja pelo hipnotismo, seja pela implantação de dispositivos no cérebro, é tema abundantemente glosado na literatura fantástica e que é aqui retomado sem grande audácia, novidade ou imaginação.

 

José-Louis Bocquet (n. 1960), romancista, editor e Jean-Luc Fromental (n. 1950) são responsáveis pelo argumento enquanto Antoine Aubin (n. 1967) assume o papel de desenhador. A saga continua mas sem a força e o apelo do tempo de Edgar P. Jacobs. Perdeu-se definitivamente a chama. Perdeu-se também o contexto histórico das aventuras de espiões em luta contra o mundo soviético. Sobra um sabor de anacronismo serôdio.


 

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