domingo, 17 de abril de 2011

A volta no parafuso


A volta no parafuso por Henry James
A fronteira entre a razão e a irracionalidade é invisivel e flutuante. Confiar pode ser uma decisão racional, mas também pode não o ser.


Em quem devemos confiar? Na narradora, jovem perceptora educada e filha de um pastor protestante? Na governanta, velha empregada analfabeta? No menino, belo e fragil que acaba de ser expulso do colégio em que o tio o matriculou? Nos indicios que temos em frente dos olhos? No autor que se retira e apenas nos lê uma carta que ele próprio considera perturbadora?


E apesar de tudas as pistas, de todas as situações descritas, das variadas provas, preferimos confiar na personagem errada e só acordar para a realidade demasiado tarde, no último parafrafo. Esse é o mérito e a arte do autor.

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