sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O Fantasma de uma oportunidade

O Fantasma de uma Oportunidade por William S. Burroughs

Um pedaço de terra arrancado a um continente, uma ilha em que a vida seguiu uma evolução independente e as várias espécies de lémures se tornaram omnipresentes. Madagáscar onde um pirata lendário criou uma comunidade democrática em harmonia com a natureza e em que era proibido matar o lémure. Destruída a utopia, exterminados membros da família da cauda anelada, os agentes dos Poderosos destruíram o Museu das Espécies Perdidas e libertaram as Doenças Extintas.

Uma metáfora ecologia. Uma premonição do Apocalipse. Um manifesto contra a perda da inocência e a consciência do tempo. Mas o que choca é o alinhamento de Burroughs com as teses do despovoamento do planeta e a sua preferência pelo irracional relativamente ao racional. Ideias perigosas aliadas a atraentes sonhos sobre a harmonia das espécies no seio da Mãe Natureza.

Uma linguagem cativante, clara e objectiva mesmo quando descrevendo as mais imaginativas e delirantes doenças, quimeras ou situações.
 

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