A Mulher que fugiu a Cavalo por D. H. Lawrence
O
racismo e a misoginia tão profundamente entranhadas D.H. Lawrence, escritor
inglês do primeiro quartel do século XX, são por demais evidentes neste seu
conto mexicano.
O
racismo que transparece na forma como são apresentados os índios comparados a
animais, descritos como selvagens, abrigando um ódio injustificado ao homem
branco que desejam através de rituais ingénuos, mas terrivelmente sanguinários,
vencer. O racismo transparece também na
forma como define o homem branco excluindo explicitamente todos os que não são nórdicos numa visão muito próxima das dos teóricos nacional-socialistas
alemães. Escreve: “E às vezes o seu
marido trazia visitas, espanhóis mexicanos, e mais raramente homens brancos”.
A misoginia está bem evidente na apresentação da mulher em redor da qual a
história, extraordinariamente previsível se desenrola e na mansa resignação com
que se entrega a um absurdo sacrifício a um falso deus em prol de uma causa
perdida.
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