sábado, 5 de outubro de 2013

Os Olhos de Tirésias

Os olhos de Tirésias de Cristina Drios

A história conta-se em poucas linhas. Um gigante português, descendente de franceses, nasce algures nas montanhas beirãs. Desde cedo sabe que tem o dom, maldição, de prever o futuro e de não sentir as emoções humanas. Órfão é acolhido pelo padre local que lhe dá uma instrução básica. Morto o pároco alista-se no exército e parte para França para a guerra, a primeira mundial, acabando prisioneiro e levado para uma clínica onde um médico alemão pretende estudar soldados com dotes paranormais na esperança que estes lhes revelem segredos militares do inimigo. O português acaba por se apaixonar por uma enfermeira belga de boas famílias. O amor rompe a maldição deixa de ter premonições e passa a experimentar os sentimentos comuns. As circunstâncias da guerra fazem com que os dois amantes se percam e nunca mais se encontrem. Paralelamente a esta trama, corre a da narradora que, para a escrever, faz algumas viagens à França e à Bélgica acabando por deixar o namorado português com quem vive e trocá-lo por outro mais nórdico.

Não sendo, por falta de profundidade um romance histórico, nem uma reflexão sobre o destino ou o curso do tempo a temática esvazia-se até se resumir a uma história muito simples e linear.

É a espaços bem escrita, mas também tem áreas em que o português é insuficiente.


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