Desgraça por J.M. Coetzee
Um
livro subtilmente racista sobre a pretensa humilhação dos brancos sul-africanos
às mãos dos africanos depois do fim do regime de segregação racial.
Na
primeira parte do livro o leitor encontra um orgulhoso professor universitário
branco sul-africano mulherengo que seduz uma aluna é exposto e acaba por ter de
se demitir das suas funções.
Desempregado
dirige-se a casa da filha que é dona de uma pequena quinta no interior onde
cultiva flores e alguns géneros alimentares que depois vende numa banca numa pequena
cidade próxima. As terras à volta têm vindo a ser adquiridas por africanos que
têm vindo gradualmente a substituir os agricultores brancos.
Lucy
acaba por ser violada por três assaltantes e a sofrer uma grande pressão para
vender as suas terras. Resiste. E acaba por aceitar, apesar de ser lésbica, tornar-se
a terceira mulher no harém do seu vizinho na condição deste a proteger e perfilhar
o filho que irá nascer fruto da violação.
Humilhado
e envelhecido o professor retira-se definitivamente para o interior onde se
dedica a ajudar a abater cães e a levar as respectivas carcaças para o incinerador
local.
Uma
desgraça. De faca e alguidar. Em que os africanos são retratados como
violadores, ladrões e egoístas. Apesar de tudo J.M. Coetzee foi Prémio Nobel da
Literatura.
Gostei muito do livro e do seu comentário.
ResponderEliminarBárbara