sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Desgraça



Desgraça por J.M. Coetzee


Um livro subtilmente racista sobre a pretensa humilhação dos brancos sul-africanos às mãos dos africanos depois do fim do regime de segregação racial.

Na primeira parte do livro o leitor encontra um orgulhoso professor universitário branco sul-africano mulherengo que seduz uma aluna é exposto e acaba por ter de se demitir das suas funções.

Desempregado dirige-se a casa da filha que é dona de uma pequena quinta no interior onde cultiva flores e alguns géneros alimentares que depois vende numa banca numa pequena cidade próxima. As terras à volta têm vindo a ser adquiridas por africanos que têm vindo gradualmente a substituir os agricultores brancos.

Lucy acaba por ser violada por três assaltantes e a sofrer uma grande pressão para vender as suas terras. Resiste. E acaba por aceitar, apesar de ser lésbica, tornar-se a terceira mulher no harém do seu vizinho na condição deste a proteger e perfilhar o filho que irá nascer fruto da violação.

Humilhado e envelhecido o professor retira-se definitivamente para o interior onde se dedica a ajudar a abater cães e a levar as respectivas carcaças para o incinerador local.

Uma desgraça. De faca e alguidar. Em que os africanos são retratados como violadores, ladrões e egoístas. Apesar de tudo J.M. Coetzee foi Prémio Nobel da Literatura.

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