sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Cláudio e Constantino

Cláudio e Constantino por Luísa Costa Gomes

Um livro que causa perplexidade. Como é possível uma autora consagrada, embora de segunda linha, escrever um livro como este e apresentá-lo como literatura?

Cláudio e Constantino pode dividir-se em duas partes, uma primeira que mais não é que a simples, porque não acompanhada de qualquer reflexão que lhe pudesse acrescentar substância ou profundidade, reprodução de paradoxos e problemas de lógica formal que encontramos em qualquer vulgata sobre o tema dirigido ao grande público e uma segunda que nos conta as aventuras de Constantino durante a viagem que empreende. Esta segunda parte é ainda mais indigente, sem pingo de imaginação, sem centelha de especulação que lhe acrescente interesse ou brilho. O final é o espelho de todo o texto, um desastre de uma pobreza completa.

Um bom exemplo de que escrever bem, ter uma prosa escorreita e bem alinhada, não chega para ser um bom escritor. É que apesar de tudo a forma e o conteúdo não podem ser separados.

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