Cláudio e Constantino por Luísa Costa Gomes
Um livro que causa perplexidade. Como é
possível uma autora consagrada, embora de segunda linha, escrever um livro como
este e apresentá-lo como literatura?
Cláudio e Constantino pode dividir-se em
duas partes, uma primeira que mais não é que a simples, porque não acompanhada
de qualquer reflexão que lhe pudesse acrescentar substância ou profundidade,
reprodução de paradoxos e problemas de lógica formal que encontramos em
qualquer vulgata sobre o tema dirigido ao grande público e uma segunda que nos
conta as aventuras de Constantino durante a viagem que empreende. Esta segunda
parte é ainda mais indigente, sem pingo de imaginação, sem centelha de
especulação que lhe acrescente interesse ou brilho. O final é o espelho de todo
o texto, um desastre de uma pobreza completa.
Um bom exemplo de que escrever bem, ter
uma prosa escorreita e bem alinhada, não chega para ser um bom escritor. É que
apesar de tudo a forma e o conteúdo não podem ser separados.
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