segunda-feira, 1 de maio de 2017

Porque lutam os comunistas

Porque lutam os comunistas

Todos sabemos que os comunistas pugnam por uma sociedade diferente, mais humana e justa, mais igualitária, sem fronteiras, sem classes nem Estados. Mas essa sociedade não se pode construir sem que as condições materiais estejam criadas para o seu advento. Assim os comunistas lutam a cada momento para impulsionar a sociedade atual no caminho que a aproxime desse fim último e futuro. Nesse sentido saber porque lutam os comunistas a cada momento é uma pergunta que faz sentido, cuja resposta é um programa de ação imediato e, não sendo muitas vezes única divide as várias correntes marxistas – social-democratas, leninistas, trotskistas ou hoxistas.

Este pequeno opúsculo, comprado num alfarrabista, data de 1975 e é editado pelo Partido Comunista Português. O método de análise proposto é o de aprender com o passado, com a história da luta contra o regime fascista. “Nas empresas e nos Sindicatos Nacionais, nos campos, nos portos, nas escolas e nas universidades, nos quartéis, lá onde teve lugar uma pequena ou grande luta, na generalidade dos casos agiu uma célula comunista ou mesmo um só comunista, circulou a imprensa clandestina do Partido ou foi escutada a voz do Partido”.

Essa luta desembocou no 25 de Abril. Uma luta que envolveu pesados sacrifícios nomeadamente dos “36 membros do Comité Central do Partido Comunista Português, os quais na totalidade passaram 308 anos nos cárceres fascistas”.

Para o futuro o PCP propunha uma política de cooperação “entre comunistas e católicos na luta por objetivos comuns” nomeadamente pelo fim da guerra colonial e pelo direito à autodeterminação dos povos, pela unidade sindical, pelo combate aos monopólios privados, pela consolidação da democracia.
Hoje mais de 40 anos depois é possível concluir que alguns dos objetivos propostos foram alcançados e que vários dos perigos apontados se materializaram.

Um documento histórico do período fundador da democracia portuguesa.

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