Porque lutam os comunistas
Todos sabemos que os comunistas pugnam por
uma sociedade diferente, mais humana e justa, mais igualitária, sem fronteiras,
sem classes nem Estados. Mas essa sociedade não se pode construir sem que as
condições materiais estejam criadas para o seu advento. Assim os comunistas
lutam a cada momento para impulsionar a sociedade atual no caminho que a
aproxime desse fim último e futuro. Nesse sentido saber porque lutam os
comunistas a cada momento é uma pergunta que faz sentido, cuja resposta é um
programa de ação imediato e, não sendo muitas vezes única divide as várias
correntes marxistas – social-democratas, leninistas, trotskistas ou hoxistas.
Este pequeno opúsculo, comprado num
alfarrabista, data de 1975 e é editado pelo Partido Comunista Português. O
método de análise proposto é o de aprender com o passado, com a história da
luta contra o regime fascista. “Nas empresas e nos Sindicatos Nacionais, nos
campos, nos portos, nas escolas e nas universidades, nos quartéis, lá onde teve
lugar uma pequena ou grande luta, na generalidade dos casos agiu uma célula
comunista ou mesmo um só comunista, circulou a imprensa clandestina do Partido
ou foi escutada a voz do Partido”.
Essa luta desembocou no 25 de Abril. Uma luta
que envolveu pesados sacrifícios nomeadamente dos “36 membros do Comité Central
do Partido Comunista Português, os quais na totalidade passaram 308 anos nos cárceres fascistas”.
Para o futuro o PCP propunha uma política de
cooperação “entre comunistas e católicos na luta por objetivos comuns”
nomeadamente pelo fim da guerra colonial e pelo direito à autodeterminação dos
povos, pela unidade sindical, pelo combate aos monopólios privados, pela
consolidação da democracia.
Hoje mais de 40 anos depois é possível
concluir que alguns dos objetivos propostos foram alcançados e que vários dos
perigos apontados se materializaram.
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