A Colina que subimos
Um poema poderoso que nos une à Humanidade a que pertencemos todos e que alguns pretendem dividir. Um poema que inaugura uma nova esperança de justiça, reparação e reconciliação. Um poema que não esquece, nem perdoa, mas que abre caminhos comuns assentes em lições que todos devemos tirar das injustiças históricas que devem ser corrigidas.
A comunidade Negra portuguesa, como a norte-americana, sofreu ao longo dos séculos, a discriminação, a segregação, a escravização, a colonização. Mas está a acordar e a exigir os seus direitos.
E se antes perguntávamos: Como poderíamos
Vencer a catástrofe?
Agora dizemos: Como poderia a catástrofe
Alguma vez vencer-nos?
Também fazem sentido para nós portugueses as palavras:
Não vamos marchar de regresso ao que foi
Mas dirigir-nos para o que será:
Um país ferido, mas inteiro,
Benevolente, mas ousado,
Forte e livre.
Amanda Gorman (n. 1998), poetisa Negra norte-americana, escreveu este poema para ser lido na cerimónia de tomada de posse de Joe Biden. Ela própria, com vinte e dois anos, o leu, sendo a mais jovem poetisa a fazê-lo. Sobre si o poema diz:
Nós sucessores de um país e de um tempo
Em que uma joven Negra magricela,
Descendente de escravos e criada por uma
mãe solteira,
Pode sonhar ser presidente
E, logo, ver-se a declamar para um.
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