segunda-feira, 8 de junho de 2009

Ewald Tragy



“Pertencer a uma comunidade sem respeitar as suas
regras é uma deslealdade para consigo próprio ...” (página 50)

Dois temas distintos tratados sequencialmente. Primeiro em Praga o jovem Ewald luta por se libertar da tutela do Pai, no eterno combate da juventude para se afirmar, para mostrar às gerações precedentes o seu valor e para conduzir de forma independente a sua vida rumo à concretização dos sonhos. É um combate difícil porque a vontade vacila já que se terá de impor aos que mais ama – no caso de Ewal o seu Pai – e porque é insegura e tímida.

Depois, com a mudança de cenário, Ewald sai de casa e muda-se para Munique, o tema muda, ou antes encontra uma outra variação. A do jovem artista torturado que se debate, indeciso, entre duas concepções do mundo e da Arte. A ambas adere entusiasmado para, de seguida, ambas rejeitar. É a personalidade a libertar-se das influências, se bem que benignas, alheias e a trilhar finalmente o seu próprio caminho. É a entrada na idade adulta.

Um livro escrito quando Rainer Maria Rilke tinha pouco mais de 20 anos e que, por ser demasiado autobiográfico, o autor nunca quis publicar em vida.

“Precisamos de uma arte suprema ... Sinais que ardam sobre todas as montanhas, de país para país – uma arte que seja um apelo, uma arte de alarme” (página 52)


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