sábado, 23 de janeiro de 2010

O Deus das Pequenas Coisas


O Deus das Pequenas Coisas de Arundhati Roy



O que os adultos podem fazer às crianças indefesas. Etha e Rahel têm sete anosmas são forçados a carregar a pesada culpa de toda a injustiça de um sistema de castas iníquo, que ergue muros mortíferos entre as pessoas. Este peso, naturalmente, revela-se excessivo.

O mundo infantil, inocente de dois gémeos é desfeito por adultos que face a uma sucessão de acidentes fortuitos, alguns dramáticos, respondem com o enquadramento mental, de que não têm consciência e de que não podem libertar-se, de uma sociedade preconceituosa, conservadora e violenta, que classifica as pessoas à nascença em Tocáveis e Intocáveis.

Este peso da tradição, da casta, do preconceito, infecta todos os intervenientes, desde o líder comunista local, ao intelectual formado em Oxford em Inglaterra.
Um facto que pode ser surpreendente para muitos: Em Kerala vive desde há muito uma numerosa comunidade cristã de rito sírio, integrada na Igreja Católica. Esta comunidade é muito anterior à chegada de Vasco da Gama à India. Os cristãos sírios são uma das castas superiores na Índia.

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