domingo, 15 de janeiro de 2012

Os Buddenbrook

Os Buddenbrook por Thomas Mann




A vida, os costumes, a forma de agir e pensar de várias gerações de uma rica família de comerciantes do Norte da Alemanha do seu apogeu à desaparição do último varão válido da linhagem.

Com uma obsessão pelo detalhe útil, o que revela uma realidade profunda e oculta, e pela descrição exacta, exaustiva e perspicaz, o autor pinta um retracto da burguesia comercial hanseática do século XIX. Num certo sentido Thomas Mann é a Jane Austeen alemã, tal é a nitidez dos cenários, das casas, do mobiliário, dos fatos, das pessoas e seus sentimentos e costumes. Mas o que na inglesa é leveza, alegria, vivacidade e critica bem-humorada surge em Mann envolto em seriedade, tristeza, infelicidade e tragédia.

Duas pulsões antagónicas pelejam pela alma dos personagens, de um lado a vida prática, saudável, espontânea do burguês comum, do outro a vida intelectual e artística com o seu pensamento reflexo e a sua sensibilidade estética. Á medida em que a segunda pulsão se vai insinuando no espírito dos Buddenbrook advém inexoravelmente a decadência e o fim surge como único desenlace possível.

Sem comentários:

Enviar um comentário