quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

A Festa da Insignificância

A Festa da Insignificância por Milan Kundera



O regresso aos temas de sempre  a leveza da vida contraposta, sobreposta, justaposta ao peso da necessidade, da criação de tudo o que tem valor. De um lado a seriedade, o fardo da responsabilidade do outro a alegria, duas concepções filosóficas da vida sempre em confronto no interior do ser humano tal como Milan Kundera o entende.

De alguns episódios da vida de quatro amigos, e de uma anedota sobre Estaline o autor faz uma ilustração de duas correntes filosóficas em diálogo. É Schopenhauer quem tem razão e a dá a Estaline, um homem que dedicou toda a sua vida e vontade a defender uma visão do mundo, uma representação da realidade? Ou é Estaline que, pela sua prática, dá razão a Schopenhauer? E será a quebra dessa vontade que explica a queda da União Soviética? E que importância têm estas questões perante a morte?



Como sempre aos olhos dos franceses os portugueses devem ocupar o lugar de empregados da limpeza, humildes, ignorantes, ingénuos e na sua inocência primitiva possuírem bom coração. O mito racista e paternalista francês que olha o português como o bom selvagem aqui também espelhado. Francamente mau vindo de um escritor com a envergadura, a experiência e a idade de Kundera que devia saber melhor do que reproduzir estereótipos xenófobos.
 
 

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