quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Laudato Si

Laudato Si pelo Papa Francisco

 

Um manifesto em defesa da Terra e dos pobres e oprimidos, descartados pela sociedade em que vivemos e um apelo a que esta seja substituída por outra melhor.

Apesar de algumas limitações importantes de análise e de não ir ao fundo das questões, este é um documento com potencial de motivar católicos, crentes de outras confissões e não crentes (ateus ou agnósticos) em torno de um projeto progressista de preservação da natureza, dos ecossistemas e da melhoria das condições de vida da maioria dos habitantes do Planeta.

Duas ideias novas rompem com a tradição católica: a primeira de que a propriedade privada se deve subordinar ao bem comum e que quando o não faz deve ser posta em causa; a segunda que a tradição judaico-cristã segundo a qual Deus deu a Terra ao ser humano para que este a domine e dela faça o que quer, está errada e deve ser substituída por uma visão em que o ser humano é apenas o cuidador de um bem de Deus, que deve ser um mero administrador diligente do mundo e que todos os seres têm uma dignidade própria.

Perspectiva-se uma grande oposição a este texto no interior da Igreja Católica, que é bem patente pelo escasso eco que teve em Portugal, país em que a hierarquia católica se caracteriza essencialmente pelo conservadorismo, principalmente dos grupos sociais mais abastados que são duramente criticados nesta exortação.

Um texto actual, polémico, bem estruturado e argumentado, que seguramente contribuirá para o debate de ideias e para o trabalho de alteração social indispensável para a continuação da vida humana no terceiro planeta do sistema solar.

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