domingo, 8 de julho de 2018

Morte a pedido


Morte a pedido – O que pensar da Eutanásia por Walter Osswald

Walter Osswald foi Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, pelo seu trabalho em Portugal foi agraciado com a Grã Cruz da Ordem de Santiago de Espada.

Neste pequeno ensaio apresenta-nos a sua fundada opinião contra a eutanásia, a morte provocada recentemente afastada por uma larga maioria dos deputados da esquerda e da direita e recusada por uma ainda maior maioria social no nosso país. Na verdade só um pequeno grupo de pessoas propõe e defende uma ideia que só é legal em três pequenos países da União Europeia, todos eles de cariz holandês.

A eutanásia foi aprovada na Holanda com um conjunto de restrições muito semelhantes ao que hoje propõem Bloquistas e socialistas, mas rapidamente se liberalizou para incluir a legalização da eutanásia involuntária, isto é sem a autorização do próprio – aquilo que hoje na generalidade dos países desenvolvidos da União Europeia se classifica como assassinato.

Diz “nestes países houve modificações progressivas da lei, no sentido da facilitação da eutanásia. Se no inicio se exigia como condição a existência de sofrimento físico insuportável e não controlável, aceita-se agora como válido o sofrimento moral e o cansaço de viver; também a idade mínima para aceder à eutanásia foi sendo reduzida podem ser eutanasiados se os pais não se opuserem. Mas mesmo os recém-nascidos e infantes poderão ser eliminados desta forma, se os pais ou tutores, dadas as suas malformações ou deficiências, solicitarem a aplicação do “tratamento médico” (assim designado, tal como a eutanásia passou a ser “terminação da vida”) que os libertará deste filho ou paciente a seu cargo, tutelado “sem qualidade de vida” (Osswald)”. É este horror que o Bloco de Esquerda de Catarina Martins e seus pares querem impor aos portugueses. E só o não conseguiram graças ao Partido Comunista Português.

Por outro lado a eutanásia assenta numa falácia, num sofrimento insuportável. A verdade é que hoje os cuidados paliativos permitem eliminar o sofrimento físico. Infelizmente não chegam ainda a todos. A solução contudo é estendê-los aos que deles necessitam e não matar as pessoas. Este argumento é aqui confirmado “Todavia, em todas as circunstâncias é possível domar a dor, recorrendo a terapêuticas medicamentosas ou cirúrgicas, eventualmente necessitando de cuidados especializados nos centros ou serviços de dor existentes nos hospitais”. Eis, pois, desmontada a mentira em que se fundamenta a defesa da eutanásia.

Por último o autor não deixa de recordar como tudo se passou na Alemanha de Hitler, primeiro país a legalizar a eutanásia e que em pouco mais de uma década levou à matança de centenas de milhar de deficientes (crianças e adultos) e depois se estendeu a minorias étnicas consideradas “indignas” como os ciganos e judeus e até a opositores políticos considerados “dementes”.

Um pequeno ensaio, rico de informação e reflexão que merece ser lido por todos os que queiram formar uma opinião independente sobre o tema.

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