terça-feira, 6 de agosto de 2019

É nosso o solo sagrado da Terra

É nosso o solo sagrado da Terra de Alda do Espírito Santo

Poesia de afirmação de um povo, de uma cultura, de uma revolução em marcha.

Por vezes panfletária, por literalmente direta, por vezes elevando-se no plano literário, Alda do Espírito Santo faz neste livro uma poesia necessária, uma poesia de memória, de luta e de afirmação, uma poesia militante, de mensagem politica revolucionária.

O homem luta de pé

Pela vitória final.

Mas para muitos a luta não começou ainda

As cabeças afocinhadas no fundo

    Dos seus tugúrios

Sem poderem avançar sequer um passo

Dormem passivos

Na passividade morta do desespero.

As ilhas do equador, o cacau, os angolares, os bairros pobres, a mata, as crianças, os pescadores que enfrentam o gandú, o colonialismo e a miséria temas que aqui podemos encontrar. Sempre com um amor profundo pelo seu povo e a sua terra.

A vida dura das mulheres assume também um papel central na poesia de Alda do Espírito Santo.



Alda do Espirito Santo (1926-2010), santomense, poetisa, militante anticolonial, depois da independência ocupou várias pastas ministeriais no seu país nomeadamente a da Educação e Cultura.

Sem comentários:

Enviar um comentário