É nosso o solo sagrado da Terra de Alda
do Espírito Santo
Poesia de afirmação de um povo, de uma
cultura, de uma revolução em marcha.
Por vezes panfletária, por literalmente direta,
por vezes elevando-se no plano literário, Alda do Espírito Santo faz neste
livro uma poesia necessária, uma poesia de memória, de luta e de afirmação, uma
poesia militante, de mensagem politica revolucionária.
O homem luta de pé
Pela vitória final.
Mas para muitos a luta não começou ainda
As cabeças afocinhadas no fundo
Dos
seus tugúrios
Sem poderem avançar sequer um passo
Dormem passivos
Na passividade morta do desespero.
As ilhas do equador, o cacau, os angolares,
os bairros pobres, a mata, as crianças, os pescadores que enfrentam o gandú, o
colonialismo e a miséria temas que aqui podemos encontrar. Sempre com um amor
profundo pelo seu povo e a sua terra.
A vida dura das mulheres assume também um
papel central na poesia de Alda do Espírito Santo.
Alda do Espirito Santo (1926-2010), santomense,
poetisa, militante anticolonial, depois da independência ocupou várias pastas
ministeriais no seu país nomeadamente a da Educação e Cultura.
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