A Negritude e a Luta pelas Independências na África Portuguesa
O título contém um equívoco muito comum nos intelectuais da sua época. Na verdade não existe, nem nunca existiu uma África Portuguesa, mas sim uma África colonizada por portugueses, uma África ocupada militarmente pelos portugueses.
Uma das primeiras abordagens à Negritude, enquanto movimento cultural, expressa em português. Depois de uma análise superficial o autor conclui que esta seguiu “as grandes linhas de evolução da negritude lá fora, mas “com atraso naturalmente”.
O livro centra-se na Poesia, deixando de fora todas as outras manifestações culturais. Como etapas temático-politicas da poesia da negritude Eduardo dos Santos refere que “a poesia da negritude foi dolorosa no princípio, agressiva logo depois e combativa a partir da eclosão da luta armada”.
Publicado em 1975 este é um livro difícil de encontrar apesar de ser um texto pioneiro na análise da negritude de expressão portuguesa.
Eduardo dos Santos (n. 1930), jurista, historiador e sociólogo, quadro colonial, elaborou diversos estudos sobre os povos africanos, nomeadamente em Angola.
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