quinta-feira, 12 de julho de 2012

Ficas a dever-me uma noite de arromba


Ficas a dever-me uma noite de arromba de António Cabrita


Um conjunto de pequenos contos que têm como ponto de encontro a terra e as gentes de Moçambique, vistas e sentidas pelo olhar branco de um português.

A escrita de António Cabrita flui fácil, mas seca e sem sal.Pior é que a espaços encontramos erros de geometria (“cinco metros por dez, mais ou menos o diânetro”) e de lógica (“havia uma figura sentada”), que pressentimos terem mais a ver com a ignorância do que com a literatura.

Em todos os contos uma característica comum: um final falho de imaginação,  uma conclusão que desilude, um clímax  pífio.


Para sermos justos diremos que António Cabrita nos prende, com alguma mestria, pelo insólito, pela estranheza, a uma história a que não sabe, ainda, dar um final literariamente feliz. Quando a aduela central,a chave, de uma abobada se solta, cai com ela toda a construção. Assim é, também, com o desfecho de um conto.

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