terça-feira, 23 de junho de 2015

Forçasa Armadas em Portugal


Forças Armadas em Portugal de J. Loureiro dos Santos

O General Loureiro dos Santos traça aqui um retrato agridoce das forças armadas portuguesas, constatando por uma lado que são exíguas (ao todo cerca de 40 mil efectivos, distribuídos pelos três ramos) e mal armadas (“armamentos de que as FFAA dispunham, na sua maioria datados das décadas de 1960 e 1970” , “o Exercito ainda se encontra armado com as mesmas espingardas com que os avós  dos actuais soldados combateram em África… continua sem dispor de helicópteros … nem tem no seu arsenal meios antiaéreos mínimos para garantir segurança aérea de baixa altitude”) mas que por outro têm muito prestigio internacional. Apetece perguntar que prestigio podem ter umas forças armadas diminutas e sem material adequado? E que quando participa em missões externas o faz sob comando de terceiros?

A verdade porém é que, como acaba por admitir, a dimensão das nossas forças armadas é de dimensão semelhante às da Bélgica ou da Holanda, sendo até que em percentagem do PIB Portugal gasta mais na Defesa do que esses países muito mais ricos do que o nosso país. Mas ao contrário desses países a despesa militar é quase toda canalizada para salários enquanto nesses países é maioritariamente para equipamento.

Os gastos absurdos com participações em missões no estrangeiro (em 2010 Portugal participava com forças nos seguintes teatros de operações: Bósnia, Congo, Kosovo, Afeganistão, Líbano, Timor, Etiópia, Somália, Guiné-Bissau, Uganda, Mediterrâneo e Índico). Doze intervenções externas! Com que vantagens para o nosso país? Não fica claro.

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