terça-feira, 28 de julho de 2015

Otelo



Otelo por William Shakespeare


Uma das mais emblemáticas peças dramatúrgicas de William Shakespeare considerado, por muitos, o maior escritor inglês de todos os tempos.

Pode, quando se ama loucamente, a insidiosa maledicência, feita de subentendidos e muita insistência, mesmo na completa ausência de provas fazer lentamente desabrochar no coração humano, primeiro como dúvida mas depois como certeza inabalável, o mais terrível de todos os sentimentos: o ciúme feroz que tudo destrói?

Pode um guerreiro experimentado, um general calejado, um homem maduro, deixar-se enganar por um vil ladrão, carreirista e alcoviteiro sem nada suspeitar, sem duvidar do mentiroso e, dando-lhe ouvidos por em causa a amizade e a lealdade do seu bravo, fiel e leal Tenente que tantas provas de afeição lhe dera no passado recente?

Pode um homem ser tão mau que, movido pela ambição, pela ganância e pela inveja, sacrifique vidas inocentes para obter os seus miseráveis objectivos? Que castigo reserva a Republica veneziana para tais pessoas?

O Chipre está salvo, mas o seu salvador perdido.

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