domingo, 11 de setembro de 2016

A Educação Sentimental



A Educação Sentimental de Gustave Flaubert

Um jovem provinciano, vagamente aristocrático, chega a Paris para prosseguir os seus estudos universitários cheio de ambições e projetos.

O seu perfil moral frouxo, a preguiça, a indefinição dos sentimentos, a falta de retidão, as ligações que arranja, os amigos que atrai, a ingenuidade, vão afastá-lo dos seus sonhos e impedi-lo de viver uma vida útil, empenhada e satisfatória, apesar de ter atravessado um período histórico cheio, com a Revolução de 1848, a Republica e a implantação do Segundo Império.

Escrito como um retrato de um estrato social pequeno e médio burguês, sem fôlego, sem força e sem convicções, uma geração submersa pelos acontecimentos históricos, sacudida por revoluções que não planeou e em que não sabe como participar.

Flaubet escalpeliza as intenções, os propósitos, a lógica por trás da ação dos intervenientes, numa fina analise que poderíamos classificar de percussora da psicanálise.  

O livro pinta-nos um panorama sociológico de Paris oitocentista, quer nas descrições minuciosas da paisagem urbana e dos interiores, quer através da profusão de personagens de diversas proveniências socioeconómicas. Presentes estão as artes, a literatura, a pintura e mesmo a novel fotografia, a política, a gastronomia, os divertimentos, as corridas de cavalos e as apostas, numa profusão de elementos que nos dão o contexto exato dos acontecimentos.  


Considerado um dos livros mais influentes da literatura francesa é a par de Madame Bovary um dos principais livros de Gustave Flaubert.

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