A Educação Sentimental de Gustave
Flaubert
Um jovem provinciano, vagamente aristocrático,
chega a Paris para prosseguir os seus estudos universitários cheio de ambições
e projetos.
O seu perfil moral frouxo, a preguiça, a
indefinição dos sentimentos, a falta de retidão, as ligações que arranja, os
amigos que atrai, a ingenuidade, vão afastá-lo dos seus sonhos e impedi-lo de
viver uma vida útil, empenhada e satisfatória, apesar de ter atravessado um período
histórico cheio, com a Revolução de 1848, a Republica e a implantação do
Segundo Império.
Escrito como um retrato de um estrato social pequeno
e médio burguês, sem fôlego, sem força e sem convicções, uma geração submersa
pelos acontecimentos históricos, sacudida por revoluções que não planeou e em
que não sabe como participar.
Flaubet escalpeliza as intenções, os propósitos,
a lógica por trás da ação dos intervenientes, numa fina analise que poderíamos classificar
de percussora da psicanálise.
O livro pinta-nos um panorama sociológico de
Paris oitocentista, quer nas descrições minuciosas da paisagem urbana e dos interiores,
quer através da profusão de personagens de diversas proveniências socioeconómicas.
Presentes estão as artes, a literatura, a pintura e mesmo a novel fotografia, a
política, a gastronomia, os divertimentos, as corridas de cavalos e as apostas,
numa profusão de elementos que nos dão o contexto exato dos acontecimentos.
Considerado um dos livros mais influentes da
literatura francesa é a par de Madame Bovary um dos principais livros de
Gustave Flaubert.
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