domingo, 23 de outubro de 2016

A Rainha de Sabá

A Rainha de Sabá de André Malraux

Um relato a um tempo exato, fiel e verdadeiro e simultaneamente onírico, poético e íntimo de uma expedição aérea de Malraux em busca da Mareb, a mítica e nunca localizada capital dos sabeus, e dos palácios da Rainha de Sabá.

Corria o ano de 1934, Hitler já era chanceler e a Europa caminhava de olhos fechados para uma catástrofe, quando Malraux, financiado pelo jornal L’Intransigeant parte num avião, emprestado por Paul-Louis Weiller, pilotado por Corniglion-Molinier e mantido pelo mecânico Maillard rumo à base militar francesa de Jibuti de onde voaria para o Iémen onde esperava encontrar, soterrada no deserto, os últimos vestígios visíveis da cidade perdida.

Partem de madrugada quando “O dia emboscado ergue pouco a pouco acima do mar a sua surda potência ameaçadora e separa gradualmente das trevas as nuvens imóveis, como uma armada dispersa”, numa aventura que punha em confronto “o homem contra as forças mais velhas do mundo, contra as ameaças épicas de que se fazem os Deuses”.

Surge aqui a ideia do “regresso à terra”, o sentimento de estranheza que invade “todos os homens que reencontram a sua civilização depois de terem estado ligados a outra”.

Publicado postumamente, sendo que em vida apenas foram editados os artigos para o L’Intransigeant que agregados formam este livro.

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