segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Diz-lhes que não falarei nem que me matem

Diz-lhes que não falarei nem que me matem de Marta Freitas

Uma peça de teatro ficcionada mas inspirada numa personagem real, um dos heróis da resistência ao Estado Novo, do tempo em que a oposição política pagava com a cadeia e, muitas vezes, com a vida, a ousadia de sonhar com um mundo melhor, mais justo e mais fraterno.

Viriato é preso, encarcerado, torturado e aliciado a denunciar os seus amigos e camaradas. Resiste. Uma história linear, relatada de forma direta com recurso a uma linguagem coloquial.

Falta-lhe a profundidade e a densidade que o personagem, Carlos Costa, dirigente comunista, várias vezes encarcerado, que passou 15 anos nas prisões de Salazar/Caetano, exigiria e o leitor mereceria.

Deve ser visto mais como uma homenagem singela do que uma obra com pretensões literárias.

Vale a leitura pelo que ficamos a conhecer deste homem corajoso que encabeçou muitas lutas pela liberdade de todos nós.

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