domingo, 26 de fevereiro de 2017

Foi assim



Foi Assim

A confissão em tom sereno mas muito melancólico de uma mulher infeliz e introspectiva. A novela começa com factos crus, exactamente sequenciais e aparentemente banais “Fui à cozinha e fiz o chá, pus-lhe o leite e o açúcar e deitei-o no termo, enrosquei muito bem o copinho e depois voltei ao escritório. Então mostrou-me o desenho e eu tirei o revólver da secretária dele e disparei. Disparei-lhe nos olhos”.

Um casamento incomum, um desgosto gigantesco, uma vida amargurada, triste e sem esperança empurram rápida e inexoravelmente a protagonista em direcção ao ato final.  

A sua obra é variada espraiando-se do teatro, à novela, ao romance aos contos e mesmo ao ensaio e à crítica. Várias dos seus livros estão vertidos em filmes.

Natália Ginzburg (1916-1991) nasceu em Palermo, viveu na Itália. Resistente antifascista viu o seu marido, Leone Ginzburg, ser preso, torturado, crucificado e morto na prisão. Este livro é-lhe dedicado.

Natália pertenceu sempre ao Partido Comunista Italiano e chegou a ser deputada eleita em 1983 nas listas do PCI.

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