A Peste de Albert Camus
Em Orão, cidade da costa argelina colonizada pela França, os ratos saem dos subterrâneos, dos esgotos, dos sótãos e vêm morrer à rua. Pouco depois a peste declara-se e começam a morrer pessoas. A cidade é isolada para não propagar a doença às zonas vizinhas.
A luta desesperada contra a doença numa época em que não existiam vacinas para a peste e os remédios eram ainda essencialmente experimentais. O esforço incansável de quatro homens muito diferentes mas unidos num destino e numa batalha comum.
A fé do padre vacila mas reafirma-se num plano perigoso, o amor adiado triunfa, a calma persistência do dever impõe-se como a única atitude simultaneamente digna, heróica e racional.
O tom colonial manifesta-se pela ausência total e deliberada da presença árabe quer entre os personagens da trama, quer nas múltiplas descrições da cidade. Uma mancha racista que macula esta obra.
Albert Camus (1913-1960), escritor francês nascido em Mondovi na Argélia, recebeu o Prémio Nobel de 1957.
Uma leitura adequada em tempo de pandemia.
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