domingo, 11 de outubro de 2020

Assassínio na Catedral

Assassínio na Catedral por Thomas S. Eliot

 

Quatro cavaleiros entram na Catedral de Cantuária e de espadas em punho matam o arcebispo Thomas Becket a sangue frio. Corre o reinado de Henrique I e o ano de 1170.

 

Esta peça, em dois actos intervalados de um breve Interlúdio, recorre à forma clássica do Coro que se expressa eloquentemente em verso e que de fora comenta os acontecimentos dando voz à multidão.

 

Na primeira parte o arcebispo enfrenta os quatro tentadores que lhe oferecem o poder temporal, as riquezas e pompas terrenas e mesmo a glória do martírio. A todos afasta com energia. O Interlúdio é uma homilia proferida por Becket no dia Natal. A segunda parte relata o enfrentamento entre os quatro assassinos e a sua vítima, antes e depois do bárbaro ato.

 

Extraordinário poeta T.S. Eliot deixa-nos nesta peça versos de grande beleza e de grande profundidade – “Quem és tu que me tentas com os meus desejos”, “A ambição chega ao findar das forças juvenis / Quando sabemos não mais tudo possível”, “ Jazi no fundo do mar a respirar como uma anémona, / comendo com o ingurgitar das esponjas. Jazi por / sobre a terra e critiquei o verme.”

 

T.S. Eliot (1888-1965), nascido americano mas tendo mais tarde renunciado à sua nacionalidade originária para se tornar inglês, é considerado o maior poeta de língua inglesa do século XX. Recebeu o Prémio Nobel em 1948.

 

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