A Sociedade do Cansaço por Byung-Chul Han
Procurando um contraponto a grandes filósofos do século passado, como Nietzche, Arendt, Heidegger, Foucault e outros, Byung-Chul Han desenvolve neste curto mas denso ensaio a defesa de que vivemos atualmente numa sociedade de violência neuronal ou psicológica, uma sociedade dominada por uma positividade maligna, em que “o sujeito sem consciência social parece caracterizado pela sua vontade de maximizar a produção”, em que a “pressão por um maior rendimento” leva ao à depressão, em que “o excesso de trabalho e de produção conduz, a um nível mais elevado, à autoexploração”. E “esta é mais eficaz do que a exploração por terceiros, uma vez que vem associada a um sentimento de liberdade”.
A positividade da sociedade manifesta-se “sob a forma de um excesso de estímulos, informações e impulsos, alterando radicalmente a economia da atenção” levando o indivíduo a cair na hiperatividade que “é uma forma extremamente passiva da ação já que não permite qualquer atividade livre”.
Um retrato sagaz e lúcido, mas triste e sem esperança do mundo que a humanidade tem vindo a criar neste princípio de século e que nos conduz à guerra nuclear.
Byung-Chul Han (n. 1959), coreano radicado na Alemanha, é um dos mais importantes filósofos atuais.


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