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Rússia e a Europa: uma parte do todo por José Milhazes
Um livro que destoa, pela negativa, de
toda uma coleção, os livros da Fundação Francisco Manuel dos Santos, de obras
sérias e de qualidade indiscutível. A análise é substituída pela opinião, o
conhecimento pela banalidade, o rigor pela propaganda, numa amálgama que nos
deixa boquiabertos com a desfaçatez do autor.
Nada se aprende sobre a história da Rússia
e como ela influência o seu presente, nada se compreende da sua posição
geopolítica, nada se conclui da panóplia de povos e culturas que a federação
inclui, nada se questiona sobre a estratégia e os objetivos da política externa
desta enorme nação euro-asiática, que se encontra na encruzilhada entre a
Europa e o extremo oriente, com fronteiras tão diversas como a Polónia, e a Finlândia,
mas também com os Estados Unidos, com a China, com o Japão.
Sem avançar com qualquer argumento histórico,
cultural ou geográfico Milhazes insiste que a Rússia é europeia e que deve
submeter-se ao Ocidente e integrar-se na União Europeia. E vai mais longe
advoga que a União Europeia deve promover um golpe de Estado naquele país de
forma a colocar no poder atores políticos seus aliados – “e possa ocorrer um golpe palaciano com vista a mudar a política do
país. Este processo talvez pudesse ser acelerado se a EU revelasse mais
eficácia”!
A julgar pelo que escreve sobre o meu livro, penso que não o leu ou então leu-o com pouca atenção. O único exemplo que dá não passa de uma deturpação do que escrevi. Onde está escrito que a União Europeia deve promover um golpe de Estado na Rússia? Cumprimentos
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ResponderEliminarPenso que não leu/reviu o livro que escreveu, nem leu o meu comentário. Cito no comentário exactamente o que escreve sobre um golpe palaciano na Rússia.
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