O
homem que era 5ªfeira por C. K. Chesterton
Uma
louca, mas muito rica e inteligente, alegoria religiosa do incessante combate entre o Bem e o Mal no interior
de cada um e na sociedade criada por todos. O jogo de mascaras da vida, em que,
muitas vezes, o visível esconde o invisível que, contudo, está sempre mas
sempre pronto a irromper das profundidades e brilhar à superfície.
O
absurdo, o exagerado e o caricatural aliados com mestria ao humor e à
subtileza, para nos mostrar a relação de Deus com as suas criaturas, o esforço
do ser humano para seguir o caminho reto através de uma estrada insana, difícil
e dolorosa.
Nada
do que parece é, os inimigos são no fundo amigos, o bombista o polícia, o
demónio Deus. Uma longa estrada até à revelação e à reconciliação. Mas todo o
mal e sofrimento são apenas provações para testar a nossa resolução e a nossa
constância.
Deus/Domingo
fala-nos no escuro inicial e só volta ao nosso convívio no final de tudo. Esse
silêncio e a sua aparente transformação em demónio são a encenação necessária a
essa provação.
Um
livro que inicialmente surge como uma vulgar comédia ligeira e que pouco a
pouco vai tomando um caráter mais estranho, até que finalmente emerge uma
mensagem mais clara e mística.
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