quinta-feira, 30 de maio de 2019

O Homem que era 5ª feira


O homem que era 5ªfeira por C. K. Chesterton

Uma louca, mas muito rica e inteligente, alegoria religiosa do incessante combate entre o Bem e o Mal no interior de cada um e na sociedade criada por todos. O jogo de mascaras da vida, em que, muitas vezes, o visível esconde o invisível que, contudo, está sempre mas sempre pronto a irromper das profundidades e brilhar à superfície.

O absurdo, o exagerado e o caricatural aliados com mestria ao humor e à subtileza, para nos mostrar a relação de Deus com as suas criaturas, o esforço do ser humano para seguir o caminho reto através de uma estrada insana, difícil e dolorosa.

Nada do que parece é, os inimigos são no fundo amigos, o bombista o polícia, o demónio Deus. Uma longa estrada até à revelação e à reconciliação. Mas todo o mal e sofrimento são apenas provações para testar a nossa resolução e a nossa constância.

Deus/Domingo fala-nos no escuro inicial e só volta ao nosso convívio no final de tudo. Esse silêncio e a sua aparente transformação em demónio são a encenação necessária a essa provação.

Um livro que inicialmente surge como uma vulgar comédia ligeira e que pouco a pouco vai tomando um caráter mais estranho, até que finalmente emerge uma mensagem mais clara e mística.

C. K. Chesterton (1874-1936), inglês, artista polifacetado, filósofo e teólogo escreveu diversos romances que se celebrizaram.

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