quarta-feira, 19 de junho de 2024

O Tigre


 

O Tigre de Joël Dicker

 

Na Rússia profunda, na Sibéria gelada, um tigre gigante ataca e mata os aldeões, os viajantes e todos os que temerariamente se colocam no seu caminho. Temendo o desafio à sua autoridade o czar anuncia um prémio avultado para quem matar o animal e o trouxer para a corte de São Petersburgo.

 

A ambição atrai caçadores profissionais e simples amadores que vêm na recompensa a possibilidade de sair da pobreza e viver uma vida de abundância de outro modo inacessível. O nosso herói, Iván Levovitch, parte para o frio asiático munido de um cavalo possante e de uma espingarda acabada de comprar. Será ele capaz de matar o tigre e ganhar compensação oferecida?

 

Joël Dicker (n. 1985), escritor suíço de língua francesa, vencedor de numerosos prémios estabeleceu-se como mestre do suspense. Conta já com vários êxitos de vendas internacionais, entre os quais O enigma do Quarto 622, O Livro de Baltimore e Os últimos dias dos nossos pais. O Tigre, texto da juventude, escrito aos 19 anos foi o seu primeiro conto mas só agora foi publicado entre nós.

 

O livro conta com as excelentes ilustrações de David de las Heras (n. 1984), artista nascido em Bilbau no País Basco e figura proeminente do movimento do realismo sensorial.

O Partido Comunista: da «Reorganização» dos Anos 40 ao 25 de Abril


 

O Partido Comunista: da «Reorganização» dos Anos 40 ao 25 de Abril por Álvaro Cunhal

 

De forma simples, resumida e objetiva Álvaro Cunhal traça a trajetória do Partido Comunista Português (PCP) nas décadas que se seguiram ao início da II Grande Guerra até ao 25 de Abril de 1974.

 

O PCP soube adaptar-se a uma rigorosa clandestinidade, sem com isso afastar-se de práticas de democracia interna, de aproveitamento das possibilidades de atuação legal e de intervenção nas lutas populares, académicas e culturais.

 

As políticas de unidade com outras forças, nomeadamente o Munaf, criado em 1943, com Norton de Matos e Bento de Jesus Caraça, com o MUD, o Movimento Nacional Democrático (MND), a Frente Patriótica de Libertação Nacional (FPLN), as Comissões Democráticas Eleitorais (CDE), os Congressos da Oposição Democrática, mostram um interesse em congregar todas as forças disponíveis na luta contra o fascismo. Longe de isolado na clandestinidade o PCP agia em estreita ligação com as massas e outros setores da oposição democrática.

 

Álvaro Cunhal (1913-2005), popular dirigente comunista, escritor, pintor, ministro de Estado, personalidade multifacetada, secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) de 1961 a 1992.

sábado, 15 de junho de 2024

As Seis Caraterísticas Fundamentais de um Partido Comunista


 

As Seis Caraterísticas Fundamentais de um Partido Comunista por Álvaro Cunhal

 

Texto da comunicação do líder comunista português ao Encontro Internacional organizado pela Fundacíon Rodney Arismendi na cidade de Montevideo em 2001.

 

Ao analisar a derrocada da União Soviética, Cunhal, adota uma posição dialética, reconhecendo que se tratou de “uma série de circunstâncias externas e internas” em que “pesam com relevo fatores de ordem interna”. Entre estes lista “afastamento dos ideais e princípios do comunismo, a progressiva degradação da política do Estado e do partido, em resumo a criação de um «modelo» que, com a traição de Gorbachov, conduziu à derrota e à derrocada”.

 

E que modelo era esse? Cunhal concretiza “poder fortemente centralizado e burocratizado, numa conceção administrativa de decisões políticas, na intolerância perante a diversidade de opiniões e ante críticas ao poder, no uso e abuso de métodos repressivos, na cristalização e dogmatismo da teoria”.

 

Álvaro Cunhal (1913-2005), popular dirigente comunista, escritor, pintor, ministro de Estado, personalidade multifacetada, secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) de 1961 a 1992.