sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Á espera de Godot de Samuel Beckett


O expoente máximo do Teatro do Absurdo. Uma peça em que aparentemente nada acontece e em que as suas personagens esperam, num lugar ermo, deserto e feio, por Godot que nunca aparece.

O sentido da vida que nos escapa espalhado na espera desesperada, persistente mas inútil por alguém que nos ilumine e nos salve do absurdo árido, angustiante e inescapável da existência que flui inexoravelmente para a morte.

Godot nunca chega. Mas existe e envia dois rapazes avisar que virá mais tarde. Amanhã. Dois profetas de Godot. De Deus? Godot é descrito como sendo criador de cabras e possuindo uma barba branca. Serão verdadeiros estes jovens profetas anunciadores da vinda de Godot? São o suficiente para manter a esperança e amarrar os personagens a uma espera interminável.

A simplicidade da trama, a ambiguidade do sentido da história, os diálogos com deixas curtas e rápidas, as mudanças frequentes de humor e de tema, os sentimentos fortes que caem no desalento, tornam À espera de Godot uma obra-prima amplamente reconhecida, que continua a ser levada à cena mais de 60 anos depois de se ter estreado em Paris.

Samuel Beckett recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1969. 

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