Á espera de Godot de Samuel Beckett
O expoente máximo do Teatro do
Absurdo. Uma peça em que aparentemente nada acontece e em que as suas
personagens esperam, num lugar ermo, deserto e feio, por Godot que nunca
aparece.
O sentido da vida que nos escapa
espalhado na espera desesperada, persistente mas inútil por alguém que nos
ilumine e nos salve do absurdo árido, angustiante e inescapável da existência
que flui inexoravelmente para a morte.
Godot nunca chega. Mas existe e
envia dois rapazes avisar que virá mais tarde. Amanhã. Dois profetas de Godot.
De Deus? Godot é descrito como sendo criador de cabras e possuindo uma barba
branca. Serão verdadeiros estes jovens profetas anunciadores da vinda de Godot?
São o suficiente para manter a esperança e amarrar os personagens a uma espera
interminável.
A simplicidade da trama, a
ambiguidade do sentido da história, os diálogos com deixas curtas e rápidas, as
mudanças frequentes de humor e de tema, os sentimentos fortes que caem no
desalento, tornam À espera de Godot uma obra-prima amplamente reconhecida, que continua
a ser levada à cena mais de 60 anos depois de se ter estreado em Paris.
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