segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Medeia de Séneca

Séneca foi o professor de Nero, um dos mais cruéis, assassinou a sua própria mãe, e ineficientes imperadores romanos. Mas apesar dessa relação de proximidade o ditador ordenou que Séneca se suicidasse no que foi prontamente obedecido.

Esta peça é a adaptação de Séneca do mito de Medeia, já tratado na Literatura Clássica por outros autores, nomeadamente por Eurípides.

Tendo-se sacrificado por Jasão, ajudando-o por amor  a vencer todos os desafios que ele enfrentou na sua saga dos argonautas e a roubar o velo de ouro a seu próprio pai, Medeia vê-se abandonada e com ordem para se exilar quando o seu marido a repudia para se casar com a filha do Rei.

A dor transforma-se então em raiva, a raiva em vingança e a vingança em sangue e morte.

As emoções humanas mais profundas, o amor, o ódio, a vingança, a angústia, ganham aqui, neste drama de desenlace rápido e brutal, vida e alma.


O texto pejado de alusões ao panteão grego e romano com a sua multiplicidade de deuses, ninfas, musas e cheio de referências geográficas da antiguidade pré cristã, hoje irreconhecíveis, não vive sem as extensas notas que felizmente aí estão para o explicar e contextualizar.

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