A Perda da Independência de Carlos Margaça Veiga
O mito do desaparecimento de D.
Sebastião é aqui estilhaçado e explicado. Na verdade o corpo do Rei apareceu no
campo de batalha e foi identificado por vários nobres da Corte e criados
pessoais do monarca. Foi inicialmente sepultado em Marrocos na presença de
vários portugueses, depois foi trazido para a Espanha por especial intervenção
de Filipe II e mais tarde para Portugal onde foi sepultado nos Jerónimos.
Porquê então o mito. Porque os
nobres nunca poderiam dizer que o viram morrer. Seria uma desonra ver o Rei
morrer sem ter ido em sua defesa e ter morrido primeiro a defendê-lo. Seria no
fundo uma confissão de cobardia ou no mínimo de incompetência.
Este livro conta-nos a história
dos últimos anos de um reino que na morte de D. João III ficou em completa
instabilidade dinástica para o que muito contribuiu a recusa em contrair
matrimónio de D. Sebastião.
Nas cortes para aclarar a
sucessão a nobreza e o clero votaram pelo Rei de Espanha e só o povo votou pela
manutenção da independência. Seguiu-se a dinastia Filipina e só mais de meio
século depois conseguiria Portugal reganhar a independência.
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